sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Você vai nascer no dia que quiser, filha.

Vamos lá pra retrospectiva do que foi meus últimos momentos de gestação até os dias atuais de uma mãe que, a cada dia aprende e se encanta com sua filha.

Taí realmente algo que me preocupou mais do que o polidrâmio: a data do nascimento.

Não é novidade nenhuma pra nós que, no Brasil, se fazem mais partos cesáreas que os normais ou os humanizados (a sensação do momento!). Pra mim, na boa mesmo, não estava preocupada se seria parto normal ou cesárea ou humanizado ou sei lá o que. Só não queria que fosse agendado. Queria que fosse no dia que ela realmente ela quisesse nascer porque a criança sabe o dia que ela vai nascer e isso é importante pra ela, pra seu aprendizado, seu desenvolvimento. É o que eu acho.

Mas não tive muito o que falar, minha obstetra, de cara marcou a data do parto pra o dia 04/06. Já fiquei de bico por conta disso, até havia comentado que não aprovava essa onda de agendar nascimento, cheguei a explicar que o bebê tem que nascer no dia que ele quiser e mesmo assim ela marcou (cagou pra o que eu disse). Eu não quis contestar, quem vai ser mais que o médico? Ela marcou umas 2 semanas antes e assim que saí do consultório não me conformando que minha filha nasceria no dia marcado por um médico, eu já comecei a conversar com Lórien, ainda na barriga, de que tudo estava pronto pra ela nascer e que não me importava se viria com 38, 39 ou 40 semanas (é que bem antes disso não queria que ela nascesse antes das 40 semanas), que a data que ela escolher, será o dia de seu aniversário e que mamãe estará feliz e de braços abertos pra recebê-la. Fui fazendo isso todas as noites e sempre que estávamos a sós.

Eu adorava as conversas que tínhamos... Eu alisando aquele barrigão dizendo o quanto a amava e o quanto estava sendo importante pra minha vida a sua chegada.

A semana passou e no dia 28/05, ao me consultar novamente ela me vem com mais um adiamento, isso porque já estava tudo certo: as férias do Rafael logo após a licença paternidade e a chegada da mãe dele pra assistir ao parto e ficar mais uns dias com a neta. 11/04??? Fiz um bico maior ainda e fiquei ainda mais triste pois estava conformada até com a data 04/06. Saí do consultório muito triste e chegando em casa eu conversei com ela de novo. Se fosse pra ser no dia que a médica escolheu, fazer o que né?

Eis que chega o dia 04 de junho de 2014, dia da consulta, dia de feira. Eu já estava de licença e como tinha feira na rua onde minha mãe mora eu pedi ao Rafael pra me deixar lá. Nesse dia, logo que cheguei lá e fui ao banheiro, percebi que o tampão estava saindo, mas como eu não sentia nada e teria a consulta à tarde eu decidi falar na hora pra médica. Passei o dia andando pela feira, tomando água de côco, comendo uma quiabada deliciosa que minha mãe havia preparado... Quando à tarde, na consulta, ao falar pra ela o que havia acontecido ela fez o exame de toque e constatou: "É hoje! Você esta em trabalho de parto!"

Foi aquela correria pra voltar pra casa pegar as malas e avisar a todo mundo e partir pra maternidade.

Foi um dia especial, o melhor da minha vida. Minha filha nasceu e nasceu no dia que ela quis!