domingo, 27 de janeiro de 2019

Primeiro

Nancy era uma mulher reservada, de poucas palavras e por isso era considerada uma boa ouvinte no departamento de homicídios onde trabalhava em sua cidade. Ingressou como escrivã muito jovem, mas logo se destacou, tornando-se a mais requisitada para colher depoimentos. Com um olhar profundo e a grande facilidade em foco concentração, Nancy não se distraía facilmente e por isso alguns dos criminosos temiam que seus depoimentos fossem colhidos por ela, pois até o mais violento e mais sanguinário dos criminosos delatou uma rede de trafico de órgãos inteira num único dia. Era um dom nato que nem ela mesma sabia que tinha, mas que amou logo de cara, assim que o dominou quando tinha apenas 7 anos de idade.
Naquele dia em que chegou ao D.P., Nancy estava preocupada demais para se concentrar em qualquer depoimento. Aquela tattoo vista no braço daquele transeunte incomodava pois há dias sonhando, com o que ela mesma classificou de guerra medieval, jamais imaginou que veria aquele símbolo na sua vida real.
Sentou-se em sua mesa e desenhou novamente aquela tattoo.

- Nancy, o chefe quer você na preleção daqui a meia hora. Caso fresco. E não adianta dizer que não pode porque ele já providenciou toda sua agenda.

Nancy, continuou concentrada no desenho.

- Nancy, você escutou o que falei? Ah tá, ela e essa concentração que Deus me livre! Nancy!!!!

Ao tocá-la uma forte reação acontece, como um desconecta e toda aquela concentração e trabalho no desenho se rompe.

- Ãn... Oi Tiago, é você?
- Sim, sou eu aqui. Desculpa te incomodar na sua concentração da mais nova tattoo, mas o chefe tá chamando pra preleção e vamos logo porque já vai começar e estamos meio que... atrasados, se é que você me entende.
 -Preleção? Mas já estou em um caso.
- Relaxa que ele já tratou disso e... Vamos que te conto no caminho.

Nancy se levanta e acompanha o colega que segue explicando o caso enquanto que sobre a mesa o desenho da cena do semáforo permanece com a tattoo inacabada.   

sábado, 26 de janeiro de 2019

Inspiração

Acordei no susto com mais uma noite de pesadelos enfurecidos. Já era a terceira noite que tenho o mesmo pesadelo: fogo, pessoas gritando, espadas, flechas e novamente aquele escudo. Me levantei e na minha escrivaninha haviam inúmeros manuscritos e desenhos daquele escudo. Não consegui dormir mais.
no meio do trânsito, a caminho do trabalho, paro no semáforo. Pedestres seguem na travessia e eis que, novamente vejo aquele escudo estampado como uma tattoo no braço de um transeunte no meio de centenas de pessoas. Foi rápido, não consegui avistá-lo mais nem tampouco saber pra que lado aquele rapaz havia seguido, porém a imagem daquele escudo tatuado não saia da minha mente e lembranças dos sonhos também retornaram como flash.
Muitas buzinas e eu travando o trânsito caótico do centro da cidade.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

4.1


Parabéns Carol.
Você é uma mulher guerreira, nunca deixe de se orgulhar disso.
Você só precisa acreditar mais nisso.
Acreditar em você.
Porque, certamente, é melhor do que muita gente que te julga inferior.

"Parabéns pelo seu aniversário."

É a realidade.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Cansaço

Estou me sentindo muito cansada.
Um desanimo extremo... Uma vontade de não fazer nada.

Descobri o que é: Falta da vitamina D, acredita?

Fiz exames que comprovaram a extrema baixa dessa vitamina e por isso fico nesse cansaço eterno.

Estou repondo através de comprimidos pois tomar sol apenas não é suficiente.

Isso é mais pra vocês ficarem atentos: cansaço extremo e total desanimo as vezes é apenas uma ausência de vitamina D e não uma depressão fudida que abala todas as estruturas mundiais.

Fica Dica!

domingo, 6 de janeiro de 2019

2019

Os planos serão os mesmo de 2018. Até porque eu não coloquei nenhum em prática. A única coisa nova que queria fazer era tirar um pouco o peso do fardo que estou carregando. É um fardo que não é exclusivamente meu e isso esta me deixando doente pois crio uma expectativa de consideração e reconhecimento e não é o que acontece, pelo contrário.

 Eu tenho que aprender que os problemas dos outros são dos outros e não meus e que a ajuda que consigo dar, não pode ser sinônimo de assumir a questão e sim uma ajuda. A pessoa deve carregar o fardo, eu apenas apoio e guio.

Mas é difícil colocar em prática.

Aí eu acabo assumindo os problemas, a pessoa simplesmente se isenta de ao menos se interessar e quando você esta toda enrolada no emaranhado de nós que os problemas causam porque eles se misturam com os problemas que eu, particularmente já tenho, a pessoa simplesmente vem com um diálogo ao estilo Leandro Karnal, aponta o dedo do julgamento e com discurso, tenta me ensinar a solução do problema.

A frustração é inevitável e dói meu amigo, não tem ideia do quanto.

É isso que quero fazer em 2019. Os planos ainda são velhos mas quero apenas ser coadjuvante dos problemas dos outros. Até porque, na hora da comemoração e alegria eu sequer sou lembrada.

Sem mais.